terça-feira, 19 de abril de 2011

Corrida da Ponte: Parabéns Corredores!!

Manhã quente no Rio de Janeiro. Quem diria que domingo de manhã teria rush nas barcas? Apesar da quantidade de pessoas, a organização cuidou de tudo direitinho, trabalhando em conjunto com a Barcas S/A e separando roletas de acesso exclusivas para os corredores.
Nossos amigos se encontraram em Niterói, mas sem apoio lá, já que ficamos com receio deles cruzarem a ponte mais rápido do que as barcas...
O sol não deu moleza e é opinião geral que a hidratação foi mal distribuída ou reduzida, ocorrendo confusão na hora de pegar água e inclusive faltando isotônico para alguns.
Os líderes da prova, Giovani dos Santos e Damião de Souza chegaram impressionantemente juntos e cruzaram a linha de chegada de mãos dadas.
Nossos atletas vieram chegando em intervalos de mais ou menos 15 minutos, primeiro o Ângelo, depois, Marcelo, Lôra, Lino e finalmente o Manoel, seguido de perto pelo ônibus cata-atleta que encerrava a corrida. Dizem que o Manoel ameaçou o motorista e que não iriam colocá-lo dentro do ônibus de jeito algum. O Ismail passou tão rápido por mim que nem o vi. A Lôra ao chegar na placa dos 21km chorou emocianada ao terminar sua primeira meia-maratona.
Atletas reunidos com familiares e apoios, agora nossa equipe conta com massagistas que vieram dar um trato nesses guerreiros.
A Olga bem que tentou, mas as panturrilhas da perna do Manoel tremiam tanto que escapavam de suas mãos. Apelamos para um massagista de outra equipe, mas o caso era grave e deu tenda médica, na verdade, uma desculpa para a reportagem adentrar os bastidores do apoio médico. Só para começar, a remoção foi de matar o David de inveja, já que não foi um, mas 4 bombeiros de músculos definidos em suas camisas vermelhas apertadas arrancando suspiros das moçoilas que pediam para ser carregadas também.
Nos bastidores da tenda médica descobrimos que o problema do Manoel eram as bombas de cálcio, que estavam a toda (já viram português bombado?), mas tragicomédia à parte nosso amigo foi bem tratado no local, um caso leve perto do que rolou por ali segundo o pessoal do atendimento. Repousando em seu lar, já enviou e-mail comunicando que está bem e que vai correr na quinta-feira, mas cá entre nós, acho que D.Aldina I, a Patroa, vai dar uma suspensão nas corridas do portuga.
A emoção de correr na Ponte, isso vai ter que ser contado por cada um dos atletas, espero que postem seus comentários aqui, mas para finalizar, deixo meus parabéns a essa galera corredora e valente que encarou 21km debaixo do inclemente sol carioca, batalhou nos treinos, levou a sério a história, traçou um objetivo e o conquistou, deixando todos nós orgulhosos de os termos em nosso círculo de amizades. Morro de inveja!!
Ficam também meus agradecimentos pessoais à galera que apareceu para prestigiar, fotografar, massagear e lamber (caso da Babalu) nossos atletas... tá chegando a hora de termos uma tenda...
Próxima parada: Maratona do Rio?

Resultados:

5203 ANGELO FATORELLI   02 :14:32
2392 MARCELO TAKAHASHI DOS REIS  02 :22:59
6409 LUIZA CARLA BORTOLINI  02 :31:03
2589 FRANCISCO (LINO)  03 :04:34
3894  ISMAIL  NUNES DOS SANTOS  03 :05:35
3882 MANOEL  MARIA DA SILVA RODRIGUES 03 :15:10


Prá quem quiser dar uma olhadinha, segue a rota da corrida, adquirida pelo GPS da Lôra durante o evento. GPS da Lôra? Claro, vocês acham que eu não perco ela por que?

mapa da competição

4 comentários:

  1. Hahaha, corri também no domingo e cheguei chorando, mas de medo do tal ônibus... Ainda bem que nem vi a sombra dele. Mas como estava em 2h40m e ainda faltavam 3 Km, fiquei MUITO tensa! Ainda bem que deu td certo para td mundo.
    Abraços...
    Carolina

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  2. Comentário do Manoel:

    Ouvi e li vários comentários sobre a Corrida da Ponte. De um modo geral, todos foram unânimes: abaixo das maratonas, foi a corrida mais desgastante de que já participaram.

    Alguns juraram não mais corrê-la; outros esperam que algo seja modificado para repeti-la.

    Inúmeros foram os fatores que prejudicaram a obtenção de um bom desempenho na já desafiadora distância de 21,4 km (que até vai um pouco além, já que correr sempre pela tangente perfeita é difícil), destacando-se:

    . A corrida em meados de abril, no início do outono, pode reservar dias quentes, como foi o caso;

    . A ausência de vento, sequer de uma brisa, que amainasse o calor, notadamente na Perimetral, último terço da prova, uma via de concreto, cercado , em um dos lados, por prédios e morro.

    . O irregular abastecimento dos postos de hidratação, que afetou uma grande parte dos corredores, principalmente aqueles que não formam a elite, seja ela amadora ou profissional. Os que formam a elite passaram rápido, portanto encontraram água e isotônico gelados e a temperatura ainda relativamente amena. A outra classe sofreu: a água nos últimos postos de hidratação estava quente e , da mesma forma estava o isotônico, antes de haver acabado. E esse foi o ponto mais crucial: o abastecimento com o isotônico era no 15º km. Quando ele acabou, gelado ou quente, os corredores ficaram 6km sem beber algum líquido, do 12º ao 18º km, boa parte deles na já mencionada Perimetral, sob um sol inclemente;

    . O temido vão central nem foi citado como elemento complicador. Na realidade , a subida não é abruptamente acentuada e é logo ao início da prova. A sensação é a de que a subida da Brigadeiro, na São Silvestre, que ocorre ao final da prova, causa bem maiores dificuldades.

    Bom, até o término da primeira reta após a descida do vão central, entre o 10º e 11º km, eu vinha relativamente bem para meu histórico de corredor: estava num média ligeiramente superior a 7,5 minutos por km, que me permitiria, com um pé nas costas, terminar o percurso no tempo limite estabelecido pelos organizadores, de 2,45 hs. Mas, aí estava o problema: eu tinha que ficar com os pés no chão, de modo que comecei a sentir leves contraturas na panturrilha direita. Diminui o ritmo, mas ainda correndo, até entrar no viaduto do gasômetro, na altura do 14º km. Ali começaram as câimbras nas duas panturrilhas. Parei de correr e comecei a andar, da forma que as câimbras me permitiram, durante mais de 7kms. Sempre de olho no ônibus que poderia me tirar da prova. Ainda assim ultrapassei alguns atletas em piores condições.

    Conclui a prova no tempo que pude: 3,15hs, peguei minha medalha e fui descansar.

    Então começou a pior parte: as câimbras vieram com força total. Eu as sentia até nas canelas. Minhas panturrilhas chacoalhavam tanto que eu pensei que se transformariam em purê de batata da perna. Houve um momento em que a dor era tão forte que eu quase cheguei a agarrar nosso amigo Ismail pelas costas. Depois me lembrei que eu não sou uma pessoa de pegar alguém pelas costas, ainda mais sem prévio aviso.

    O fato é o seguinte: na minha idade, correndo há pouco tempo, sem qualquer apoio técnico, sem trabalho muscular com aparelhagem e orientadores adequados, fazer e terminar uma corrida dessas foi uma proeza. Por isso, eu me considero um sobrevivente, um guerreiro e um irresponsável...

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  3. Podemos dividir essa corrida em duas: a parte da ponte e a parte da perimetral. Era preciso dosar na ponte para encarar sem maiores problemas o trecho da perimetral.
    E foi isso que muita gente não fez: o trânsito das ambulâncias na perimetral ao resgatar aqueles que não se cuidaram na primeira parte foi bastante intenso.
    Mas o grande problema da prova é a época em que foi realizada. Não se consegue correr um prova desse nível e com todas as dificuldades em abril. As críticas com relação aos pontos de hidratação (água, isotônico) procedem, mas não foram determinantes em algumas baixas na prova. Era visível ver ao nosso redor pessoas sem a menor pinta de corredor, mesmo com a imposição de índice para participação. Ou seja, a máfia dos kits rolou a solta.
    Quem sabe no próximo ano as coisas funcionem melhor.
    No mais, parabéns a todos os participantes, melhoras ao portuga (o kit dele estava impagável) e até a próxima.

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  4. Eu concordo plenamente com o Taka. Vi muito corpinho sarado de academia, literalmente jogado na Perimetral.
    Eu particularmente fui muito bem, obrigada! Apesar de também ter entrado na aba da Acessoria Esportiva, pois foi a minha primeira meia maratona, eu treinei bastante (e não foi na esteira) para este corrida. Fiquei muito concentrada na música que me estimulou muito e simplesmente não senti o vão central. O que eu senti mesmo, foi aquela subida com curva da Perimetral, no 19° Km. Esta foi cruel! No mais, fiquei adrenada o dia inteiro e não conseguia dormir de tanta felicidade.
    Na próxima, estaremos lá e nesta, eu terei índice, pois em julho correrei a meia na Maratona do Rio.
    Um abraço.

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